O grupo preso em julho pela Polícia Federal sob suspeita de planejar atentados terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro pensava em usar armas químicas nos ataques, como contaminar uma estação de abastecimento de água. Os planos de atentados eram discutidos por e-mail e pelo aplicativo de mensagens Telegram, em uma conversa fechada chamada "Jundallah" (Soldados de Deus, em português).
A troca de mensagens entre os suspeitos estão sob poder da Polícia Federal. Ao todo, 15 pessoas foram detidas na "Operação Hashtag" entre os dias 21 de julho e 11 de agosto, no início dos Jogos Olímpicos. A conversa do grupo começou a ser monitorada em março pela PF, através de um informante infiltrado. O alerta à Polícia Federal foi dado pelo FBI.
A PF tem até o dia 9 de setembro para apresentar à Justiça Federal as análises do material apreendido com os suspeitos. O juiz do caso, Marcos Josegrei da Silva, renovou até o dia 18 a prisão temporária de 12 pessoas. Caso algum suspeito seja indiciado e condenado, o Brasil aplicará pela primeira vez a Lei Antiterrorismo, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em março.
Leia mais:
Cidades brasileiras precisam se adaptar às mudanças climáticas
Sete meses após resgate no RS, cavalo Caramelo é adotado por universidade
Uber diz no STF que liberdade é incompatível com vínculo pela CLT
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
Ameaças
Conforme divulgado pela Agência Ansa em julho, os suspeitos de terrorismo e outros seguidores do grupo Estado Islâmico (EI) chegaram a falar também em sequestros, envenenamentos, uso de drones e acidentes de carro como táticas para aterrorizar o Brasil durante os Jogos Olímpicos.
As sugestões de atentados foram divulgadas em vários grupos de redes sociais no exterior.