Uma tecnologia desenvolvida no Brasil pode revolucionar o Mercado de energia eólica, em meio à crescente necessidade de investimentos em energia verde.
Tradicionalmente, a ancoragem das fundações de torres eólicas é feita por volume de concreto ou profundidade de estaca, o que envolve custos altos e construções robustas.
No entanto, a Metalvix Engenharia, empresa com sede em Vitória (ES), criou um sistema baseado no conceito de tensegridade, que se utiliza da tração e da compressão para dar estabilidade a uma
Leia mais:
Dengue mantém tendência de queda de casos em 21 estados mais DF
Sobe para 100 o número de mortos em tragédia no Rio Grande do Sul
Falta de órgão nacional dificulta resposta do Brasil a desastres climáticos
Licenciaturas presenciais perderam 35% dos alunos na última década
estrutura. "Dessa forma, reduzimos absurdamente a necessidade de volumes de concreto nas bases”, explica José Emílio Brandão, Sócio e diretor comercial da Metalvix.
Segundo ele, uma torre eólica tradicional exige uma fundação de até 500 metros cúbicos de concreto, o que significa uma base de até 50 metros de diâmetro e até 10 metros de altura. "A gente reduziu drasticamente esse volume para cerca de 50 metros cúbicos e, com isso, você proporciona uma redução de até 30% no custo do investimento”, acrescenta Brandão.
Isso possibilita instalar torres eólicas onde antigamente não era possível devido à geologia do terreno, como no alto de um morro. A tecnologia levou seis anos para ser desenvolvida e já está patenteada no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.
A primeira torre com esse sistema, de quatro megawat's, deve ser instalada ainda neste ano em uma unidade da metalúrgica ArcelorMittal no Espírito Santo. "Qualquer fabricante do mundo poderá usar essa tecnologia, basta ele adquirir a licença de utilização”, conclui Brandão.