O presidente Michel Temer se manifestou, no início da noite de hoje (28), sobre as manifestações ocorridas contra as reformas trabalhista e da Previdência. Em nota, Temer afirmou que "houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações". O presidente acrescentou que os debates sobre as reformas – alvo de críticas das centrais – continuarão a tramitar no Congresso Nacional.
"As manifestações políticas convocadas para esta sexta-feira ocorreram livremente em todo país. [ ] O governo federal reafirma seu compromisso com a democracia e com as instituições brasileiras. O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional", disse o presidente.
O presidente considerou "lamentáveis" os atos de violência, como os ocorridos no Rio de Janeiro, onde manifestantes e policiais iniciaram um confronto no final da tarde. "Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente", disse.
Leia mais:
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE
Candidatos incluídos no Concurso Nacional Unificado devem enviar títulos até esta quinta-feira
The Town terá Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Pitty em noite do rock em 2025
Temer encerrou a declaração afirmando que os trabalhadores lutam intensamente, "de forma ordeira e obstinada", para superar a "maior recessão econômica que o país já enfrentou em sua história".
"A esse esforço se somam todas as ações do governo, que acredita na força da unidade de nosso país para vencer a crise que herdamos e trazer o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico", finalizou.
A greve geral, convocada pelas centrais sindicais, mobilizou trabalhadores de diversas categorias em todo o país. Na visão dos manifestantes, as reformas enfraquecem as relações de trabalho e obrigam o trabalhador a "pagar a conta" do déficit da Previdência Social e das dívidas de grandes empresas com a Previdência, que podem chegar a R$ 430 bilhões. As duas maiores entidades sindicais do país – Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical – avaliam como exitosas as manifestações e paralisações ocorridas durante o dia de hoje.
Mais cedo, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, declarou que as manifestações foram menores do que o esperado pelo governo. "Eu avalio com otimismo. Nós tínhamos a expectativa de uma manifestação muito expressiva, e isso não aconteceu", disse.
Mensagem no Dia do Trabalho
Temer gravou hoje uma mensagem que será divulgada na próxima segunda-feira (1º), Dia do Trabalho. A mensagem será divulgada apenas pela internet. Nela, o presidente vai defender as reformas trabalhista e previdenciária, que o governo considera fundamentais para a geração de empregos e o crescimento econômico.