Proibido pela legislação nacional de trânsito, o uso indiscriminado de placas pretas ainda é praticado por uma parte dos parlamentares paulistanos. Na última semana, a reportagem flagrou veículos registrados em nome dos vereadores Gilberto Natalini (PV), José Rolim (PSDB), Jamil Murad (PCdoB) e Wadih Mutran (PP) cometendo a irregularidade.
Afixada por cima da chapa oficial, a chamada placa de representação esconde os dados do veículo, impedindo que agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) notifiquem qualquer tipo de infração de trânsito. Do mesmo modo, inviabiliza que radares espalhados pela cidade identifiquem o carro flagrado por suas câmeras.
Segundo resolução publicada em 1998 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), apenas presidentes de Câmaras Municipais podem usufruir do benefício. Em São Paulo, o privilégio é de José Police Neto (PSD), que não faz uso dele.
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Natalini afirma desconhecer a proibição. "A maioria dos vereadores tem essa placa. Mas, se realmente não puder, vou parar de usar, é claro." Murad segue a mesma linha. "Uso só algumas vezes ao ano." Rolim e Mutran foram procurados, mas não responderam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.