A produção de veículos e máquinas agrícolas das montadoras instaladas no Paraná cresceu 79% no primeiro trimestre de 2001, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 42.295 unidades. Os números foram divulgados pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. A direção da instituição se disse apreensiva porque, mesmo com o aumento de produção, ocorreram 196 demissões no trimestre.
De acordo com o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Cid Cordeiro, o crescimento da produção ocorreu por causa de três fatores. Um deles é o aumento, já esperado, de unidades feitas pela Renault e pela Volkswagen/Audi, que ainda não ocuparam toda a planta das fábricas.
As outras razões, de acordo com Cordeiro, são a resposta das montadoras para atender a demanda do mercado nacional de veículos, e os incentivos federais concedidos para a troca da frota agrícola, ocasionando impulsão da fabricação neste setor.
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A produção paranaense do primeiro trimestre, que foi de 39.816 automóveis e 2.479 máquinas agrícolas, correspondeu a 9,16% da fabricação brasileira, de um total de 461.674 unidades. A expectativa do sindicato é que o Estado feche 2001 com uma participação nacional de 12%.
Porém, de acordo com Cordeiro, podem ocorrer mudanças no cenário econcômico nacional que devem surtir efeitos no parque automotivo do Paraná. "O racionamento de luz, mesmo que o Sul não esteja incluído, pode afetar o desempenho da economia, afetando as vendas e, consequentemente, a produção", ponderou. Segundo ele a possibilidade do aumento das taxas básicas de juros, que devem ser anunciadas pelo Banco Central, além da desvalorização cambial, podem frear a produção.
De acordo com números do sindicato - contabilizando as demissões ocorridas no final do ano passado e as que vão acontecer -, desde o início do ano até junho de 2001, o parque automotivo do Paraná terá perdido 1.090 postos de trabalho.
Leia mais em reportagem de Rosana Félix, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira