Não houve acordo na reunião entre o movimento sindical dos bancários do Paraná e a direção do Banco Itaú no Estado. Os sindicalistas querem a incorporação de adicionais de benefícios funcionais que existiam no Banestado e que não são pagos pelo Itaú.
Entre as propostas está o pagamento de uma indenização de 23% para os funcionários do ex-banco estatal que não forem incorporados pela instituição privada. Os sindicalistas estão definindo um calendário de manifestações para as próximas semanas, que vão desde paralisações diárias até greve por tempo indeterminado.
O Itaú comprou o Banestado no final do ano passado. "O banco não atendeu as reivindicações dos funcionários, não fala sobre demissões e nem sobre o número de agências que serão fechadas", disse o presidente da Federação de Bancários (Fetec) da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Paraná, José Adilson Stuzata. Entre as medidas que serão adotadas pelo sindicato de bancários está a denúncia pública sobre demissões.
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Segundo o sindicalista, o Itaú já dispensou 440 guardas-mirins e estagiários que trabalhavam no Banestado. "O pior é que em muitas famílias a principal renda era a remuneração do estagiário, mas a lógica monetarista dos banqueiros não leva isso em conta", lamenta.
Oficialmente, a direção do banco informou que ainda está fazendo estudos sobre o número de agências que serão fechadas. Segundo Adilson, informações extra-oficiais dão conta que só em Curitiba existem 32 agências do Banestado e Itaú atuando na mesma área de abrangência. Algumas delas são vizinhas. ""A metade delas, pelo menos 16 agências, está sendo preparada para ser fechada"", completa. A direção do Itaú não emitiu nenhum pronunciamento oficial sobre o resultado da reunião.