O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana está realizando uma pesquisa com clientes do Banco Banestado em todo o Paraná. O objetivo foi medir o grau de satisfação dos usuários do banco após a privatização - o Banestado foi comprado pelo Itaú em outubro de 2000 - e a opinião deles sobre as demissões de funcionários.
Termina nesta quinta-feira o prazo dado pelo Ministério Público do Trabalho para que a direção do Itaú/Banestado explique os motivos das demissões e do corte no pagamento de horas extras aos funcionários. "Vamos esperar a manifestção da direção do banco ao Ministério Público do Trabalho para saber se as negociações serão retomadas diretamente com o Itaú ou se haverá intermediação da Procuradoria do Trabalho", explica o diretor de política sindical do Sindicato dos Bancários e Região Metropolitana, Eustáquio Moreira dos Santos.
Desde a privatização do Banestado, mais de 200 funcionários concursados no ex-banco estatal foram demitidos pela nova direção só na Região Metropolitana de Curitiba. Além disso, outros 500 postos de trabalho de empresas terceirizadas na prestação de serviços em segurança, asseio e telefonia foram extintos.
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No mês passado o sindicato dos bancários denunciou uma possível "manobra" do banco paulista para permitir a demissão por justa causa de um número maior de funcionários. O banco teria transferido débitos da folha de pagamentos para conta corrente dos empregados. Com isso, muitos tiveram seus limites ultrapassados e correm risco de serem denunciados ao Serasa ou Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) por inadimplência.
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) determina que funcionários de empresas do setor financeiro considerados inadimplentes podem ser dispensados por justa causa.
Na época, o diretor de Relações Internacionais do Banco Itaú/Banestado, Aldous Galletti negou que o banco estivesse usando alguma estratégia para demitir. Ele confirmou que os débitos estavam acontecendo, mas garantiu que matematicamente nada mudou em relação à cobrança feita pela direção anterior do banco. "Antes dos débitos eram feitos na folha de pagamento, agora é na conta corrente", disse.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira