A desaceleração da inflação, a melhora no risco Brasil e o avanço nas cotações de títulos brasileiros no exterior impulsionaram os negócios na Bolsa de Valores nesta quarta-feira, que fechou com alta de 2,47% e giro financeiro de R$ 983,797 milhões.
Este movimento financeiro supera a média do mês, que estava até ontem em R$ 667,6 milhões, e a do ano (R$ 609,9 milhões).
As vedetes do dia foram as ações do setor de energia, principalmente geradoras, que dispararam com a possibilidade de reajuste do preço mínimo da energia no MAE (Mercado Aberto de Energia).
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A ações preferenciais "B" da Celesc (estatal de energia de Santa Catarina) subiram 10,41% e as ordinárias da Eletrobrás avançaram 6,6%, ficando entre as cinco maiores altas do Ibovespa, índice composto por 55 ações.
A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) disse nesta quarta que o preço mínimo da energia no MAE (Mercado Aberto de Energia) pode passar de R$ 5,5 para R$ 18 por MWh, o que estimulou os negócios com ações de empresas do setor elétrico na Bovespa hoje.
Para o analista do setor de energia da Socopa, Marcos Paulo Fernandes Pereira, um dos grandes problemas do setor é o baixo preço de energia no MAE, que muitas vezes não cobre os custos. Isso, segundo ele, acaba impossibilitando novos investimentos.
Também ficaram entre as maiores altas do Ibovespa Braskem PNA (+11,7%), Embratel Participações PN (+6,4%) e ON (+6,2%).
No sentido oposto, destacaram-se as ordinárias e preferenciais "A" da Companhia Vale do Rio Doce, que caíram 2,2% e 1,3%, respectivamente. Esse movimento reflete basicamente a queda do dólar, já que a empresa é exportadora. A moeda norte-americana caiu de 2,64% hoje e fechou a R$ 2,945 na venda
O risco Brasil registra queda de 4,14%, para 763 pontos básicos, enquanto o C-Bond (principal título da dívida brasileira) sobe 1,48%, para 89,81% do valor de face.