O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse em Porto Alegre que o Brasil caminha para o fim dos contratos de empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele explicou que esse processo não deverá ocorrer de forma abrupta, mas depois de asseguradas as reformas da Previdência e tributária e o controle da inflação.
Ao falar para empresários gaúchos na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Meirelles fez a defesa da política monetária do Banco Central.
Ele recebeu das mãos do presidente da Fiergs, Renan Proença, uma lista de sugestões com dez medidas para reativar a economia, entre elas: a redução da taxa básica de juros; a adoção de metas de inflação que não penalizem a atividade econômica; a reativação efetiva do Convênio de Crédito Recíproco (CCR); a redução dos tributos sobre movimentações financeiras; a manutenção da redução da exposição cambial dos títulos públicos; a instituição de um novo acordo com o FMI; a dinamização do mercado futuro de câmbio e o aumento do prazo de captação de recursos financeiros no Brasil.
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Henrique Meirelles afirmou que as perspectivas para a economia brasileira são muito boas. "Houve uma transição do período de vulnerabilidade externa para um período de normalidade", disse ele.
O presidente do Banco Central destacou a queda do risco país, "que deve cair ainda mais, e, com um esforço continuado, teremos base para o crescimento sustentado". Meirelles acentuou ainda que o desenvolvimento sustentado exige a remoção dos gargalos, mencionando medidas como as reformas previdenciária e tributária e investimentos em infra-estrutura que se apresentarão no Plano Plurianual.
"A redução do risco Brasil vai provocar uma queda do custo de financiamento para agentes econômicos nacionais e internacionais, que encontrarão condições e ambientes propícios para investimentos, que vão permitir a ampliação sustentada da capacidade produtiva da economia brasileira", disse Meirelles.