A análise histórica das exportações brasileiras revela a crescente inserção do Brasil em novos mercados consumidores. A Ásia, África e a América Central vêm nesse cenário se consolidando como fortes mercados para os produtos brasileiros, enquanto os parceiros clássicos da América do Norte e Europa vêm perdendo espaço na participação das exportações brasileiras.
A Ásia alavancada principalmente pelo crescimento econômico da China, salta de 11,9% em 2000 para 17,7%; a África por sua vez que em 2000 representava apenas 2,4% do total das exportações, registra no acumulado até setembro de 2005, total de 5,1% frente aos 4,4% observados no ano de 2004. Já a América Central juntamente com o México apresenta a mais expressiva expansão, de 2,7% registrado na crise mexicana de 1995, saltando para 7,3% no acumulado até setembro de 2005, porém não limitado à recuperação Mexicana, corroborando para a expansão saltando de 1,1% em 1995, para 4,1% registrado em 2004 e recuando para 3,5% no acumulado até setembro de 2005, porém o resultado para o grande crescimento das vendas para a América Central reside justamente no ganho de novos mercados na região, como por exemplo Bahamas, saltando de US$ 101 milhões em 2002, para US$ 852 milhões no acumulado até setembro de 2005, frente aos US$ 487 milhões registrado para o ano de 2004. Este padrão de crescimento exponencial pode ser observado também nas vendas para Costa Rica, saltando de US$ 100 milhões em 2001 para US$ 356 milhões em 2004, Aruba de US$ 34 milhões em 2003 para US$ 304 milhões no acumulado de 2005.
Na outra ponta temos América do Norte, Europa e Oceania registrando diminuição de sua participação no total das exportações a despeito do aumento do volume exportado. A América do Norte que em 2002 era responsável por 27% das exportações, recuou para 20,9% no acumulado de 2005, a Europa por sua vez que em 1998 era responsável por 31,4%, registra agora no acumulado de 2005 total de 25,1%, A Oceania por sua vez representa menos de 1% das exportações.
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Por fim nossos parceiros comerciais da América do Sul que em 1998 representavam 24,2% das exportações e haviam recuado ao patamar de 12,4% em 2002 por conseqüência da crise Argentina, vem mantendo a recuperação, porém ainda abaixo do registrado em 1998, apresentando no acumulado de 2005 total de 17,8%.
Na participação acumulada até setembro de 2005, os 15 maiores parceiros comerciais são responsáveis por 66,9% de nossas exportações:
Na tabela abaixo mostramos a comparação de 2005 e 2004 no acumulado de janeiro a setembro dos respectivos anos:
Concluindo, a melhora nas exportações brasileiras teve um significativo aumento devido à onda de crescimento mundial, puxado pelos EUA e China, porém o aumento e a abertura de novos mercados estão sendo decisivos para os consecutivos recordes em nossa balança comercial. Isso mostra que a participação dos países emergentes no destino das exportações brasileiras tem sido de vital importância, e o aproveitamento do potencial de consumo destes países pode prolongar o período positivo do nosso comércio exterior.