As metas estabelecidas pelo setor automobilístico paranaense não foram alcançadas em 2002. No ano passado, entre janeiro e setembro, a participação do Paraná na produção brasileira de veículos leves foi de 11,04%. Este ano, o Paraná atingiu apenas 8,4%.
Dois foram os principais motivos que contribuíram para a queda da participação paranaense no cenário nacional: a inauguração de novas montadoras nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo e a queda de cerca de 20% na produção da Renault, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Enquanto de janeiro a outubro do ano passado foram produzidos no Estado cerca de 150 mil veículos, este ano foram feitas 120 mil unidades.
Outro problema detectado pela pesquisa do Programa Paraná Automotivo, divulgada ontem, foi a queda na compra de material produtivo nas empresas de peças do Estado. A previsão era a de que 8% do material produtivo fossem comprados no Paraná. No entanto, o índice ficou em 3,4%.
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''Com a variação cambial, as montadoras internacionais resolveram cobrar em suas matrizes. Talvez pelo preço ou pela facilidade cambial. As empresas locais, que estavam se preparando para atender essa demanda, acabaram efetivamente tendo que mudar suas posturas no mercado e começaram a atender o mercado de reposição de peças'', explicou José Luiz Guillon Ribeiro, coordenador da pesquisa.
Os investimentos em tecnologia foram significativos, mas demonstraram a necessidade de um banco de fomento no Paraná. O único financiamento disponível para o setor é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disponível apenas para modernização da planta.
Essa foi a sexta pesquisa realizada com o setor automotivo paranaense. Foram aplicados questionários individuais em 87 empresas durante 43 dias úteis. Para o ano que vem, a previsão é de crescimento no faturamento. As previsões são de que o crescimento seja de 5%.