A Polícia Militar recebeu ordens de escoltar comboios de motoristas que estejam sendo obrigados pelos grevistas a permanecer nos postos de combustíveis. O secretário de Segurança Pública do Estado, José Tavares, disse que muitos caminhoneiros só estão parados por "receio" de ter o caminhão avariado.
"Vamos fazer um contato nos pontos estratégicos do movimento para saber quem quer trafegar", comunicou Tavares em entrevista coletiva ontem à tarde. O secretário garantiu que os motoristas "podem carregar os seus caminhões, sair para a estrada, que nós vamos garantir o direito de trabalhar". Ele determinou que os manifestantes sejam presos em flagrante se insistirem em bloquear estradas e apedrejar veículos.
"Toda manifestação é livre. Porém ela não pode prejudicar as pessoas", afirmou Tavares, que se reuniu com representantes das polícias rodoviárias estadual e federal para saber quais são os reflexos que a greve está causando na economia do Estado. Durante a entrevista, todos procuraram desacreditar o movimento, apesar de reconhecer que podem faltar produtos de primeira necessidade (combustíveis e alimentos) se a greve persistir.
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De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná, Hélio Cardoso Derenne, o movimento de caminhões nas rodovias do Estado era três vezes maior na tarde de ontem em comparação com a segunda-feira, quando a greve começou. "A tendência daqui pra frente é normalizar", prevê o inspetor.