A Casa Esporte, a mais tradicional do ramo em Londrina, encerra suas atividades no próximo sábado. Fundada há 40 anos, a loja vem realizando uma queima de estoque há duas semanas. ''Quase não tenho mais mercadorias. A procura foi maior do que o previsto'', disse o proprietário Nelson Hirata. Segundo ele, o comércio fecha as portas como um negócio lucrativo. ''Não tenho do que reclamar. Só estou fechando a loja porque quero me aposentar'', afirmou.
O imóvel, que fica na rua Sergipe, na área central de Londrina, já foi locado para outra empresa. ''Mas não sei que tipo de atividade vai funcionar no local'', disse Hirata.
A loja é mais uma do ramo de esportes a desaparecer do município, que nas últimas décadas viu a Esporte Wilson e a São Pedro fechar. ''Vou ficar com saudade'', disse o londrinense Adolfo Vieira, de 60 anos. ''Durante anos comprei os uniformes de educação física dos meus três filhos na Casa Esporte.''
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O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), George Hiraiwa, também comprava materiais esportivos na Casa Esporte. ''Quando criança, eu comprava os tacos e as luvas de beisebol na loja'', contou.
Hiraiwa acredita que o ''desaparecimento'' de lojas tradicionais do ramo em Londrina se deve ao acirramento da concorrência nos últimos anos. ''É difícil competir com grandes redes como Carrefour e Americanas. Além disso, a diminuição de adeptos de esportes específicos como o beisebol e o basquete fizeram com que as lojas do ramo deixassem de vender materiais para esses esportes'', afirmou.
Hiraiwa disse que, atualmente, os tacos e luvas de beisebol são comercializados em Londrina por vendedores ambulantes que vêm de São Paulo durante os grandes torneios realizados na cidade.
Leia mais na reportagem de Claudia Lopes na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta segunda