A cesta básica em Londrina registrou o menor valor do ano em junho. Segundo pesquisa mensal realizada pelo NuPEA (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas) do campus Londrina da UTFPR (Universidade Federal Tecnológica do Paraná), o conjunto de 11 itens considerados essenciais foi calculado em R$ 570,25 no mês passado. Esse valor corresponde a um recuo de 5,86% em relação a maio, quando a cesta básica fechou o mês cotada em R$ 605,77, o maior preço observado até agora, desde janeiro.
As maiores variações foram observadas na seção de hortifrúti dos supermercados. O tomate e a banana tiveram o maior impacto no preço final da cesta básica. Enquanto o item principal das saladas de muitos brasileiros baixou quase 30%, a banana teve aumento de mais de 8%.
Além do tomate, que registrou a maior queda, de 27,7%, também baixaram de preço o feijão (-8%) e a batata inglesa, que depois de uma alta de mais de 40% em maio, encerrou junho com recuo de 7,9%. Na lista dos alimentos que ficaram mais baratos no mês passado ainda estão o leite (-7,3%), o açúcar (-4,7%), a farinha (-4,2%), a carne (-2,1%), o arroz (-1,9%) e o café (-0,1%).
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Na outra ponta, entre os produtos que sofreram aumento, estão a banana, que aparece no topo da lista, com alta de 8,2%, seguida da margarina, que ficou 3,2% mais cara, do pão, com aumento de 2,2%, e do óleo, que subiu 1,1%.
O valor final de R$ 570,25 corresponde a uma cesta básica para uma pessoa. Aumentando a quantidade de itens para que eles supram as necessidades de uma família de quatro pessoas, composta por dois adultos e duas crianças, o preço sobe para R$ 1.710,76, ou seja, 17,46% acima do salário mínimo nacional, cujo valor bruto é fixado em R$ 1.412.
Embora na comparação com maio a cesta básica de junho tenha apresentado redução de quase 6%, em relação ao mesmo mês do ano passado ela ficou 2,1% mais cara. Em junho de 2023, a mesma cesta básica custava R$ 558,58.
No acumulado dos últimos 12 meses, o preço maior continua sendo o de maio de 2024, quando a cesta básica foi cotada em R$ 605,77.
O NuPEA calcula o valor médio da cesta básica depois de pesquisar os preços em 11 supermercados, distribuídos por todas as regiões da cidade. Se o consumidor dividisse a compra em vários supermercados com o intuito de aproveitar os melhores preços em cada um deles, a economia seria de 20,3% ou R$ 454,47.
Mas em uma situação mais condizente com a realidade, o consumidor que optasse por fazer toda a compra no supermercado onde os preços estão mais em conta, a economia cairia para 10,6% e o preço final da cesta ficaria em R$ 509,66. Sem pesquisa, entrando no supermercado com os preços mais altos, o consumidor gastaria 9% a mais pelos mesmos produtos, pagando R$ 621,73 pela cesta básica.
O coordenador do NuPEA, Marcos Rambalducci, atribui a redução no preço final da cesta básica aos fatores climáticos. “O tempo estável propicia a colheita e o transporte, especialmente do tomate e da batata, e isso ajuda a reduzir seu custo na gôndola”, avaliou o economista. “No caso da banana, tivemos uma perda de produtividade nas áreas dedicadas a esta cultura e seu preço tem mostrado tendências altistas em função disso.”
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