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Crise faz Endesa desistir da Copel

Vânia Casado - Folha do Paraná
09 out 2001 às 12:02

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A companhia de energia espanhola Endesa anunciou nesta segunda que desistiu da disputa pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). As razões teriam sido a crise internacional deflagrada com o atentado terrorista aos Estados Unidos e ainda a indefinição nas regras brasileiras no mercado de energia. A informação sobre o recuo da Endesa foi divulgado à tarde pela agência internacional de notícias Reuters.
O comunicado da gigante espanhola causou surpresa dentro do governo. A Endesa havia sido a primeira empresa a comprar os direitos para acessar o "data room" da Copel (sala de dados com informações consideradas estratégicas e confidenciais). Ela também saiu na frente das demais nas visitas que fez às usinas hidrelétricas localizadas no Interior do Estado. Ainda na semana passada, a Endesa tinha feito outra bateria de visitas e colhido informações.
Segundo informações da Reuters, a Endesa teria informado que a crise de energia que afetou o País "ainda não indicou as consequências econômicas para a indústria de eletricidade". O governo do Estado informou ontem que não recebeu o comunicado oficial da decisão da empresa espanhola.
Se confirmada a notícia sobre a Endesa, serão duas as empresas que desistiram do leilão de privatização da Copel, marcado para 31 de outubro, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A fracesa EDF desistiu no início do mês passado, também após verificar os dados da estatal paranaense. No caso da EDF, o governo já foi comunicado de maneira oficial.
O governo do Estado não reconhece que a crise internacional possa comprometer a venda da Copel. O secretário da Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hubert, disse recentemente, pela assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, que a privatização seria mantida, apesar das indefinições geradas após o atentado terrorista.
Ainda estão na disputa pela Copel, a canadense Hydro Quebec, as norte-americanas AES, NRG e Duke Energie, a belga Tractbel e a alemã RWE. O grupo brasileiro VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) também estariam no páreo.
A Copel irá a leilão por um preço mínimo de R$ 4,324 bilhões. O governo do Estado venderá 58,6% que tem no capital votante da empresa, mais 26,4% das ações que estão com o BNDESPar e até 15% que estão com os minoritários e são alvo de oferta pública para recompra.
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