A marcha de cerca de 300 empresários pedindo modificações na reforma tributária foi recebida nesta quarta-feira pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e pelo deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG), relator das propostas na Casa, com o compromisso de não haver aumento da carga tributária.
Diante da preocupação do empresariado, João Paulo disse que o primeiro parâmetro da reforma é não elevar impostos. "A reforma tributária pode não ser a ideal mas é a possível. Ela tem um parâmetro que é único na nossa Casa: não aumentar a carga tributária", declarou.
Para Guimarães, "a proposta do governo não eleva a carga de impostos" e é compromisso do governo "simplificar o sistema tributário e, se possível, reduzir a carga".
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O compromisso agradou aos empresários, que deram um voto de confiança. "Acredito que eles cumprirão, porque foi um compromisso público assumido pelo presidente e pelo relator de que vai haver realmente a limitação da carga tributária", afirmou o presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio), Antônio Oliveira Santos.
A marcha dos empresários partiu de um hotel de Brasília e seguiu para a chapelaria do Congresso Nacional, por onde entram os deputados e senadores.
A principal reivindicação é para que o governo adote um limite máximo da carga tributária total de 35% sobre o PIB (Produto Interno Bruto), com viés de baixa e a não progressividade das alíquotas do ITR (Imposto Territorial Rural).
Os empresários também são contra a "perpetuação" do CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).