O dólar começou setembro em pequena alta, em uma sessão apática, de poucos negócios, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA. A moeda americana subiu 0,23% e terminou vendida a R$ 2,986. No ano, o dólar acumula uma queda de 15,7%.
Segundo operadores, a alta desta segunda-feira refletiu apenas uma correção técnica. Com essa modesta valorização, a moeda voltou a ficar mais próxima do patamar de R$ 3,00. Foi o sétimo fechamento consecutivo abaixo desse nível.
Nem o anúncio do superávit comercial recorde de US$ 2,674 bilhões em agosto conseguiu fazer o dólar cair. Alguns analistas ponderaram que o resultado embute fatores negativos, como a retenção dos desembarques de mercadorias devido à greve dos funcionários da Receita Federal e à queda das exportações por causa do desaquecimento da economia.
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Em um dia sem notícias de impacto para o mercado, chamou a atenção de alguns operadores a declaração do economista Celso Furtado, um dos mais influentes economistas latino-americanos, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e indicado para o Prêmio Nobel de Economia de 2004.
Em um seminário no Rio, ele defendeu que o país se prepare para decretar uma moratória da dívida externa, como forma de conseguir barganhar em futuras negociações com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Só amanhã, quando o mercado de títulos da dívida voltar a funcionar, se poderá ter uma idéia do efeito da fala de Furtado nas cotações do C-Bond, principal título brasileiro no exterior.
Informações Folha Online