O dólar fechou o dia no mercado financeiro cotado aR$ 2,84 para venda, recorde desde o início do Plano Real, há oito anos. A instabilidade na economia provocou tensão no mercado financeiro e derrubou a Bolsa de Valores de São Paulo (iBovespa), que fechou com queda de 4,69%.
O Brasil continua com o risco-país em alta, de 9%, com 1.737 pontos e é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Argentina.
Vários fatores influenciaram na oscilação do mercado brasileiro: as preocupações com a dívida do país e com o processo eleitoral brasileiro, a escalada do risco-país brasileiro, o rebaixamento da classificação dos bancos brasileiros pela agência Fitch, o rebaixamento da classificação de risco da dívida do país pela mesma Fitch e o corte da perspectiva do país para negativa pela Moody´s.
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A crise no Uruguai, que ontem adotou o câmbio flutuante e viu o dólar subir mais de 30% frente à sua moeda, também contribuiu para a insegurança dos investidores externos em relação aos países da região.
Apesar de tanta instabilidade no mercado financeiro, governo afirma que as bases econômicas brasileiras continuam sólidas e não enxergam um porquê de tanto nervosismo. Ainda hoje, o presidente do Banco Central Armínio Fraga disse que a instituição e o governo têm um "arsenal de medidas" a serem utilizadas para segurar a crise no mercado.