Os embarques de milho, soja, farelo e açúcar no Porto de Paranaguá recomeçaram lentamente, neste sábado pela manhã. As instalações do Corredor de Exportação ainda estavam úmidas, o que prejudica a movimentação de grãos. A melhora do tempo interrompeu a paralisação dos embarques, provocadas pelas chuvas que caíam em Paranaguá desde quinta-feira.
Com o retorno dos embarques a fila para entrar no pátio do Porto de Paranaguá reduziu. Além disso, o final de semana ajudou a diminuir o fluxo de caminhões que se dirigem em direção ao porto. A estimativa do porto é que deixaram de ser embarcados 400 mil toneladas de produtos.
Ontem, a fila de espera de caminhões alcançava o quilômetro 30, com cerca de 1,2 mil veículos parados. O volume já era bem menor considerando que nos dois dias anteriores, o número de caminhões parados atingiu mais de 4 mil. No pátio de triagem, que permaneceu lotado durante o dia inteiro, o movimento de descarga começou a se intensificar no período da tarde, à medida que o tempo ficou mais firme e seco.
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Pela manhã, estavam sendo liberados para descarga entre 20 a 30 caminhões, que corresponde a menos de 10% do movimento normal de descarga. Normalmente são liberados cerca de 350 caminhões por hora. Essa é a primeira vez que se forma uma fila tão grande de caminhões por causa da chuva.
O acúmulo de caminhões ocorre por causa do elevado volume de milho que está sendo exportado e também pela corrida das cooperativas e tradings em aproveitar o câmbio favorável para exportar soja, farelo e milho. De acordo com funcionários do porto, os terminais da Cargill e da Coimbra, eram os que detinham maiores volumes de produtos para serem embarcados. Em dias normais, estão sendo embarcados 80 mil toneladas de produtos por dia.
Até sexta-feira, havia 34 navios esperando para atracar ao largo na baía de Paranaguá. A expectativa é que com a melhora do tempo, o número de caminhões volte a aumentar nesta segunda-feira, quando as cooperativas deverão liberar mais frete com mercadorias para o porto.