A empresa Witzenmann do Brasil, filial brasileira do grupo alemão com o mesmo nome, irá se instalar no Paraná nos próximos meses para fornecer componentes para a indústria automotiva e para termelétricas. A cidade escolhida foi Curitiba, mas como o contrato de locação do barracão ainda não foi fechado, há a possibilidade remota de a empresa ir para Pinhais ou São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O investimento inicial será de R$ 5 milhões.
O maquinário para a fábrica já começou a ser trazido da Alemanha. A intenção da empresa é iniciar a produção em novembro deste ano. "Nesta primeira fase de instalação visamos o setor automotivo", afirmou o diretor-geral da empresa, Alfredo Laufer.
A Witzenmann produzirá peças para o sistema de escapamento de automóveis. Os flexíveis são componentes de tubos metálicos para a condução de fluidos, gases e líquidos. A capacidade de produção será de 800 a 1 milhão de peças por ano.
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A fornecedora do setor automotivo já tem contratos fechados com a Volkswagen e com a Renault, ambas com montadoras em São José dos Pinhais. Mas a Witzenmann tem planos para iniciar em breve a fabricação de flexíveis para empresas que trabalhem com o gás, cogeração de energia e termelétricas. A empresa produzirá também foles metálicos, juntas de expansão, suporte para tubulação.
Com 22 fábricas em todo o mundo, a Witzenmann implantará a primeira fábrica brasileira no Paraná. Por enquanto, o escritório da empresa está em São Paulo. "Queremos atuar no Mercosul", disse Laufer. A empresa pretende contratar 20 funcionários no primeiro ano de funcionamento, podendo chegar a 130 até o final de 2005. Em quatro anos, a Witzenmann estima atingir um faturamento de US$ 15 milhões.
Para se instalar no Paraná, a Witzenmann está em negociação com o governo do Estado para receber incentivos fiscais. Segundo o diretor-geral da empresa, os benefícios serão os "convencionais" dados pela Secretaria da Indústria e Comércio. O governo costuma oferecer às novas empresas que se instalam no Paraná a dilação do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por quatro anos, enquanto as prefeituras concedem isenção de tributos municipais.