O Fórum Popular Contra a Venda da Copel decidiu questionar a competência técnica de uma das empresas contratadas pelo governo do Estado para definir preço mínimo e forma de privatização da estatal de energia. A Booz Allen & Hamilton do Brasil Consultoria foi a escolhida para o "Serviço A" da modelagem e formatação da Copel.
Avaliação feita pela Austin Asis, fundação de consultoria comandada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Alberto Borges Matias, constatou que a Booz Allen não teria experiência para atuar no setor público, já que seus clientes são grandes grupos privados. Por causa disso, a empresa não teria sensibilidade para as questões sociais que envolvem uma empresa pública.
O relatório de Matias foi feito quando a Booz Allen atuou no processo de privatização do Banco da Amazônia S/A (Basa) e do Banespa, de São Paulo. Um dos projetos do Fórum da Copel é contratar uma consultoria semelhante.
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Única concorrente, a Booz Allen vai fazer o "Serviço A" - a definição de preço da estatal. Vai receber R$ 749 mil pelo trabalho. O "Serviço B" está sendo realizado pelo Consórcio Diamante, liderado pelo Banco Kleiwort Benson e com participação dos bancos Dresdner e Fator, Ulhôa Canto Rezende, Guerra Advocacia e JP Engenharia.
A função do consórcio Diamante será apresentar formas alternativas de privatização da companhia elétrica. Formada por cinco empresas, a Copel é uma holding. O consórcio poderá sugerir a venda de toda a holding ou fracionada por empresas.
Os dois consórcios que atuam na modelagem tem prazo até meados de agosto para concluir o trabalho. O governo pretende vender a estatal até o final do ano.