O secretário-chefe da Casa Militar, coronel Luis Antonio Borges Vieira, num depoimento de uma hora à Comissão Especial do governo do Estado - criada oficialmente para apurar a existência de escutas telefônicas clandestinas em órgãos públicos -, criticou o advogado criminalista Peter Amaro de Sousa (que defende os militares acusados de grampo na Ocidental Distribuidora de Petróleo) e informou que ingressou na Justiça contra ele por calúnia e difamação.
Sousa disse, em entrevista coletiva, que Vieira era um coronel corrupto, desonesto e irresponsável. A ação deverá tramitar pela Segunda Vara Cível de Curitiba.
O coronel, no entanto, não atacou os seus ex-subordinados. Ele chegou a defender o cabo Luiz Antonio Jordão (que o acusou de ter conhecimento da existência de grampos no Palácio Iguaçu e em órgãos públicos e ser omisso). "Ele não tem informação técnica para fazer varreduras. Ele nunca fez isto. Entrava em contato com a Telepar e os funcionários da empresa realizavam o serviço", argumentou.
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Vieira negou que tivesse conhecimento de grampos em órgãos públicos. E disse que o cabo Jordão pode ter se referido a uma suposta omissão no caso dos equipamentos encontrados no quarto andar do Palácio Iguaçu, sob responsabilidade do técnico em telefonia, Gilberto Maria Gonçalves (acusado de ser o principal responsável pelos grampos).
"Ele e o coronel Reinaldo Hamilton Machado localizaram esta sala. Mas nunca fui informado do que tinha dentro da sala. Isto me faz pensar que nada importante ou de destaque tenha sido - de fato - encontrado pelos militares", argumentou ele.
Com base nesta declaração, os representantes da comissão do Estado convocaram para terça-feira, às 9 horas, o depoimento do coronel Machado. Para segunda-feira estão previstos os depoimentos da ex-secretária de Estado da Administração, Maria Elisa Paciornik e do instalador João Batista Cordeiro (ex-funcionário da GVT).
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