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Imobiliárias do litoral estão à espera de veranistas

Carmem Murara - Folha do Paraná
14 nov 2000 às 10:59

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Enquanto as praias do litoral catarinense já estão com previsão de lotação para o final do ano, ainda sobram vagas para locação nas praias do Paraná. As imobiliárias estão em média com 70% ou até 80% dos imóveis disponíveis. A procura mais intensa começou no último final de semana, quando muitas pessoas desceram a Serra do Mar para procurar uma casa ou apartamento para alugar.

O atraso na locação dos imóveis tem sido encarado com certa preocupação pelos donos de imobiliárias. Eles estão convictos de que alugarão todos os imóveis para a semana do Ano Novo e primeiras semanas de janeiro. O problema começa após 20 de janeiro. "Aí sobram imóveis", afirma o dono da J.R. Imóveis de Matinhos, Hilário Reicherec. Dos 400 imóveis que têm para alugar, 30% ainda estão sem contrato fechado.

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Alguns donos de imobiliária acreditam que a duplicação da BR 101, que dá acesso as praias de Santa Catarina, contribui para afugentar os veranistas que costumavam ir ao litoral paranaense. "Com a duplicação, o povo começou a ir mais para Santa Catarina", diz Hipólito Gustack, dono da Imobiliária Gustack de Guaratuba. Reicherec tem a mesma opinião: "Santa Catarina passou a competir conosco".

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A maioria dos veranistas que passa temporada nas praias paranaenses é oriunda do interior do Estado e de São Paulo. Quem mora mais distante do litoral procura alugar um imóvel por mais tempo, mas quem é de Curitiba tem preferido alugar por menos de uma semana, o que desagrada os locatários. Os donos dos imóveis querem alugar por 10 dias no mínimo.

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Um dos problemas para as imobiliárias é o atraso dos proprietários em disponibilizar os imóveis. "Só agora os clientes começam a aparecer, porque eles sabem que os donos liberam os imóveis na última hora", diz Doraci Gandolfi da imobiliária Carlinhos Imóveis.


Para chamar mais clientela, as imobiliárias estão com preços congelados. Segundo a dona da Molina Imóveis de Caiobá, Jurema Arzão, os preços são os mesmos há três anos. As casas e apartamentos variam de R$ 80 a R$ 400 conforme tamanho e localização. Quanto mais próximas do mar, mas caras. "Não podemos repassar a inflação para não perdermos clientes", afirmou Jurema.

O dono da imobiliária Gustack diz que as primeiras locações são de casas mais caras, pois são maiores e por isso cabem mais pessoas. Normalmente, os veranistas rateiam o valor do aluguel para que ele não fique tão pesado no orçamento das férias. As casas à beira mar também são preferidas. "Quem quiser um bom imóvel tem de se decidir logo, pois tudo será locado para o final do ano", orienta a Doraci Galdolfi, da Carlinhos Imóveis.


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