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Crescimento

Indústria farmacêutica faturou US$ 5,5 bilhões em 2003

Redação - Bonde com informações da Agência Brasil
20 dez 2003 às 11:26

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Com relação às exportações, a expectativa é fechar o ano com R$ 279,5 milhões de medicamentos vendidos para o mercado externo, 10,3% a mais que em 2002.

Apesar disso, o setor lamenta uma queda 15,4% na produção e de 7,2% no volume de medicamentos vendidos. Alega que vem operando com ociosidade de 40% e põe a culpa na política de controle de preços do governo federal.

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Segundo pesquisa do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal, de janeiro a novembro deste ano o preço dos remédios subiu 23% em média. Além dos aumentos autorizados pelo governo, o setor conseguiu a liberação dos preços dos chamados medicamentos de venda livre, que representam 30% do total comercializado no país.

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Por estas razões, a entidade contesta que a política de controle de preços do governo federal seja "restritiva", conforme afirmação constante no Balanço 2003 divulgado pela Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma).

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De acordo com Luis Milton Velloso, secretário executivo da Câmara de Medicamentos do governo, não houve reajuste de salários no setor e não haveria motivos para que fossem concedidos aumentos maiores. Velloso defende o controle de preços, alegando que nos últimos dez anos a indústria farmacêutica praticou aumentos muito acima da inflação.


Antonio Barbosa, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal e conselheiro do Instituto de Defesa do Usuário de Medicamentos é taxativo: "A indústria está tentando pintar um quadro dramático para botar o governo no bolso, como sempre fez". E vai além: "O que desmascara a indústria é a comparação do número de unidades produzidas com o faturamento, eles deveriam ser penalizados, pois produzindo menos estão faturando mais".

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O controle de preços, na opinião de Barbosa, é necessário enquanto não houver mecanismos que aumentem a capacidade de escolha do consumidor. "Só existe mercado livre quando o consumidor é livre". Ser livre, segundo ele, significa ter informações suficientes para optar por genéricos ou mesmo por diferentes marcas de um mesmo medicamento, que chegam a ter variação de preço de 1000%, dependendo do fabricante.


Barbosa sugere algumas ações para o governo federal. Uma delas é a adoção do sistema de fracionamento, adotado em muitos países, que permite ao usuário adquirir apenas quantidade prescrita do medicamento, sem necessidade de comprar caixas grandes. Outra medida importante seria a divulgação de listas comparativas de preços com opções de substituição dos remédios mais consumidos, bem como uma campanha de relacionamento médico/paciente, nos moldes do que foi feito à época do lançamento dos genéricos.

Na próxima segunda-feira, o Conselho divulgará uma lista de recomendações para auxiliar os consumidores na compra de medicamentos.


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