O primeiro bimestre do ano trouxe números positivos para a maioria dos setores industriais do Paraná. O faturamento acumulado de janeiro e fevereiro teve crescimento de 15,8% em relação ao mesmo período no ano passado. Os dados, que foram divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), indicam que a exportação foi a grande alavanca do faturamento industrial.
Desde que o real foi desvalorizado em relação ao dólar, em janeiro de 1999, a indústria começou a se ajustar e se preparar para o crescimento, incentivado com a perspectiva de aumento na exportação. As indústrias estão vendendo mais para outros países. A exportação cresceu 28% em janeiro deste ano sobre janeiro de 2000.
Dos 19 segmentos pesquisados, 12 tiveram variação positiva. O maior crescimento ocorreu na indústria de bebidas, que vendeu 146,7% a mais. Em segundo lugar ficou materiais de transporte com 80,7%. Entre os setores que venderam acima da média do início do ano de 2000 estão ainda o têxtil, produtos alimentares, indústria da transformação, perfumaria, sabão, metalurgia, mineirais não metálicos, mobiliário, mecânica, material elétrico e química.
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"A indústria atingiu o maior nível de vendas reais em relação à média histórica", afirmou o presidente da Fiep, José Carlos Gomes Carvalho, ao fazer a apresentação dos números. Fevereiro ficou num patamar 65% acima da média de 92, quando começou a pesquisa. No início de 99, no auge da crise cambial, o faturamento chegou a cair para 19% sobre a mesma média.
A análise econômica feita pela Fiep indica ainda que a queda progressiva dos juros, que hoje está em 15,75%, foi outro fator que estimulou as indústrias. Há ainda o fato de o nível de crédito ter se expandido e de ter ocorrido uma redução dos depósitos compulsórios das instituições bancárias.
A pesquisa analisa ainda a variação do emprego na indústria. Houve um aumento de 8% no número de novos contratados em relação a fevereiro do ano passado. Sobre janeiro, o crescimento foi de 4,2%. A geração de emprego representou 13,4 mil vagas a mais nas indústrias paranaenses. Vestuário, calçados, alimentos e material elétrico foram os segmentos que mais empregaram. Indústrias químicas, de bebidas e de mobiliário demitiram.