A Câmara Técnica do Iraí está questionando a instalação da fábrica IBMEI, em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba, alegando que a a empresa está sendo construída em Área de Proteção Ambiental (APA). Segundo a entidade, esta já é a sexta empresa instalada irregularmente na área, o que ocasiona danos irreversíveis ao ambiente. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) afirma que a empresa cumpriu todas as exigências do Decreto 2.200, de junho do ano passado, que define o zoneamento de uso para a APA que abrange o Rio Iraí e já condeceu licença prévia para instalação da empresa.
O chefe do departamento de licenciamento ambiental do IAP, Pedro Dias, informou que a IBMEI (fábrica de peças de eletrodomésticos) vai produzir apenas efluentes secos, ou seja, não representa danos ao ambiente. "Se fosse uma fábrica com produção de efluentes industriais, o IAP não concederia a licença", salientou Dias.
A empresa obteve a licença em outubro do ano passado, com validade de doze meses. Nesse prazo, a IBMEI precisa cumprir o plano de recuperação ambiental e paisagístico que apresentou ao IAP, sob pena de não ter a Licença de Operação, que garante o funcionamento da empresa, concedido.
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Para contestar a autorização da licença, a Câmara Técnica do Iraí se ampara no fato da fábrica de espuma e tecidos Coppo Thirry, instalada na mesma área, ter utilizado esse mesmo recurso para obter licença para instalação. "Hoje a empresa gera efluentes industriais e o IAP não faz nada", denuncia o biólogo Tiaraju de Mesquita Fialho, membro da Câmara.
A Câmara vai solicitar ao IAP documentação que autoriza a instalação da fábrica para averiguar a regularidade da licença. No próximo dia 10, membros da entidade se reúnem para avaliar a situação da APA do Iraí.