O Banco Itaú propôs ao Sindicato dos Bancários antecipar a recompra das ações do Banestado que estão em poder dos funcionários. Eles adquiriram quase 9,4% do capital acionário do banco por causa do processo de privatização. O diretor de Recursos Humanos, Marco Antonio Sampaio, disse aos sindicalistas que o banco está aberto à negociação para ficar com os papéis.
Sampaio fez, nesta quinta-feira, a primeira reunião oficial com o Sindicato dos Bancários. Eles se encontraram para discutir questões salariais. A reunião foi no Conglomerado Santa Cândida e transcorreu de maneira tranquila, sem que houvesse discussões acaloradas. A próxima reunião é na quarta-feira.
O Itaú demonstrou boa vontade para analisar as questões trabalhistas do Banestado. Sampaio disse que há um processo para tentar equiparar salários entre Itaú e Banestado, mas para isso terá de ser criado um sistema para extinguir alguns bônus e gratificações que os funcionários do Banestado recebem.
Leia mais:
Anfavea projeta aumento de 5,6% nas vendas de veículos em 2025
Veja calendário de pagamento do abono do PIS/Pasep 2025 proposto pelo governo federal
Bancos restringem oferta de empréstimo consignado do INSS
Prefeitura de Londrina vende mais quatro lotes da Cidade Industrial
O presidente do Sindicato dos Bancários, José Daniel de Farias, disse, no entanto, que o Itaú não aceita falar em estabilidade de emprego. A proposta do sindicato era garantir aos funcionários pelo menos 18 meses sem demissão. "Isso está fora de cogitação", afirmou Sampaio, durante o encontro. Mas ele garantiu que não há nenhum plano de demissão programado.
Quanto ao fechamento de agências, o Itaú tem um estudo que indica onde há sobreposição dos dois bancos. Neste caso, irá ficar aberta a agência que tiver melhor estrutura. Devem ser mantidas as agências do Banestado no interior do Estado, mas fechadas em São Paulo, onde a marca Itaú é mais forte. Os bancários serão remanejados.