Mesmo com a redução da Selic para 22% ao ano, o vice-presidente José Alencar disse que ainda não está satisfeito. Segundo ele, as taxas continuam muito altas e despropositadas em relação à taxa básica de todos os países com os quais o Brasil precisa competir. "O país precisa voltar a crescer e para isso é preciso que os juros sejam compatíveis com atividades produtivas", concluiu.
Porém, o vice-presidente acredita que começa a ser criada no Brasil uma mentalidade que estabelece condições para acabar com essa compreensão em relação à taxa de juros. "É uma cruzada. Temos que nos libertar desta cultura equivocada de juros, porque nenhum país pode suportar isso", explicou.
Quando questionado sobre quanto ele espera que os juros cheguem até o final do ano, o vice disse que esse é um assunto para técnicos, mas contou que a taxa básica real de pelo menos 20 a 30 países no mundo é um vigésimo da nossa. "Em alguns casos são um pouco maiores, então são um décimo da nossa, em outros casos um quinze avos da nossa. Então as nossas taxas são muito altas", afirmou.