A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2021 caiu de 3,18% para 3,17%. Esta é a quinta semana seguida de redução da projeção do PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (5), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central) com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a expectativa para PIB é de crescimento de 2,33%. Em 2023 e 2024, o mercado continua projetando expansão da economia em 2,50%.
No caso da taxa básica de juros, a Selic, as instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para este ano, de 5% ao ano. Atualmente, a Selic está estabelecida em 2,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o fim de 2022, a estimativa do mercado é que a taxa básica suba para 6% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 6,50% ao ano e 6,25% ao ano, respectivamente.
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Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Inflação
A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Para 2021, a expectativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) é de 4,81%, o mesmo da semana passada.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,52%. Tanto para 2023 como para 2024 as previsões são de 3,25%.
A estimativa para 2021 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
No caso do dólar, a expectativa do mercado é que cotação ao fim deste ano seja de R$ 5,35. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,25.