Depois da histeria da semana passada, o mercado espera dias menos tensos. A avaliação é que houve exagero no pessimismo ao precificar ativos. O exercício do índice futuro na quarta-feira e a melhora do desempenho do candidato governista José Serra na pesquisa do Datafolha publicada neste final de semana podem incrementar os negócios, segundo analistas.
Eles afirmam, entretanto, que a tendência principal para a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ainda é negativa. ‘O índice Bovespa possivelmente suba, mas o gráfico (com o histórico das cotações) ainda não confirma uma recuperação expressiva’, afirma Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner.
‘A Bolsa deve se recuperar gradualmente. A melhora mais significativa deverá ser nos títulos da dívida’, diz Beto Scretas, da Schroders Brasil. O isolamento de Serra em segundo lugar nas intenções de voto, (com 21%, contra 17% na sondagem anterior) e a queda de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 43% para 40%, eram esperados por gestores que dizem temer pela continuidade da política econômica num governo oposicionista.
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Na sexta-feira, a conferência do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, a agentes financeiros do exterior, e a expectativa de mudança no quadro eleitoral, reverteram o exagero na precificação dos ativos. Para analistas, Fraga deu dois recados na conferência: que o BC tem ‘bala na agulha’ para intervir no câmbio, se considerar necessário, e, mantida a queda do dólar, do risco-país e da inflação, a taxa de juros básicos da economia também deve cair.
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