A declaração, ontem, do novo ministro da Economia da Argentina, Jorge Remes Lenicov, de que o país honrará os pagamentos aos organismos multilaterais, em nada diminuiu o tamanho e o significado do ‘default’ que o país deverá dar em sua dívida de US$ 96 bilhões aos credores privados. Trata-se do maior calote da história, iniciado ontem pela confirmação do não pagamento de US$ 28 milhões de juros de uma emissão de papéis em liras.
Mas a decisão das autoridades de Buenos Aires foi recebida com alívio em Washington. Nunca um país com uma economia do porte da Argentina incluiu o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento em decisões de suspensão de pagamentos de dívida externa. A possibilidade de Buenos Aires vir a fazê-lo, em meio à crise de governabilidade das últimas semanas, assustou as instituições e a administração Bush, que insistiu na continuação dos pagamentos aos organismos multilaterais nas mensagens que transmitiu à Argentina nos momentos mais agudos da recente crise sucessória na Casa Rosada.
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