A Volvo recorreu à Justiça contra a greve dos 1,8 mil trabalhadores, que entrou nesta quinta-feira no segundo dia.
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deve sair até segunda-feira. Na Renault, a greve completou três dias.
Nesta quinta-feira, a empresa obteve liminar obrigando o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba a manter livre os portões da fábrica, sob pena de pagar R$ 5 mil diariamente.
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A Renault não quis comentar a ação. De acordo com o sindicato, mesmo com os portões abertos, nenhum trabalhador entrou na Renault.
O sindicato tem até às 14 horas desta sexta-feira para apresentar a defesa da greve para o TRT. Já foi feita uma audiência conciliatória entre a Volvo e os sindicalistas na noite de quarta-feira.
A empresa apresentou três propostas: abono de R$ 600,00 a todos os funcionários e reposiçao de até 50% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em setembro, na data-base da categoria (INPC); ou o abono e reposição de até 70% do INPC para quem ganha até R$ 3 mil; ou antecipação de reajuste salarial de 12,5% divididos em quatro parcelas de 3,125%, limitado ao valor salarial de R$ 3 mil.
Segundo a Volvo, o sindicato não apresentou as propostas aos trabalhadores. O sindicato nega essa acusação.
De acordo com o sindicato, a Renault ofereceu o pagamento de um abono salarial de R$ 500,00, em dinheiro ou vale-alimentação, mas sem garantia de repasse do INPC, que também foi rejeitado nesta quinta-feira.
A greve é por tempo indeterminado, mas são feitas assembléias diariamente. Os trabalhadores da Audi esperam uma posição da empresa nesta sexta-feira à tarde para decidir se entram em greve ou não.
A paralisação causa grande prejuízo às montadoras. Em três dias, a Renault deixou de produzir 1.320 veículos e 2,7 mil motores. A Volvo deixou de produzir 50 caminhões e seis ônibus.