As empresas paranaenses que fornecem autopeças para a indústria automotiva brasileira poderão ganhar um novo mercado, nos Estados Unidos. Um grupo de representantes do governo estadual do Mississipi está esta semana no País fazendo uma série de reuniões para oferecer a oportunidade de negócios. O diretor de Desenvolvimento Industrial do governo do Mississipi, Harry Gibbs, esteve reunido com executivos paranaenses para fazer a proposta.
A rodada de negócios foi no Centro Integrado das Empresas e Trabalhadores do Paraná (Cietep). Gibbs apresentou aos participantes a crescente demanda que os Estados Unidos têm apresentado para a compra de componentes automotivos. Segundo ele, houve um investimento de US$ 4 bilhões por parte das montadoras na expansão de suas fábricas.
Num prazo de três anos, os Estados Unidos terão capacidade de produzir 5 milhões de unidades de carros e caminhões, o que representa abrir mercado para o fornecimento de autopeças. Entre os projetos de expansão estão o da Nissan/Renault, Toyota e Mercedes. A Honda chegou a construir uma nova fábrica. A Nissan pretende produzir 250 mil carros por ano e para isso abriu 4 mil vagas de trabalho. Todas estão na região do Mississipi e já avisaram que precisarão importar componentes a curtíssimo prazo.
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Os contatos de Harry Gibbs no Brasil se concentraram em São Paulo e Curitiba, onde está localizada a maioria das empresas que fornecem componentes para as montadoras. "Estamos ajudando a fazer a interface entre as companhias brasileiras e as americanas. Isso representará desenvolvimento econômico para o Mississipi", justificou.
Aos empresários e executivos das fornecedoras presentes na reunião, ele fez propaganda dos negócios que poderão ser fechados. Mas não é necessário muito discurso para convencer as empresas brasileiras a exportar. Com o real desvalorizado em relação ao dólar, vender seus produtos para outros países se tornou um excelente negócio para a maioria dos setores econômicos.
Esta é a terceira vez que Harry Gibbs veio ao Brasil para manter contatos comerciais para o setor automotivo. Mas ele disse que, num futuro próximo, pretende estender as negociações para outros segmentos da economia.