O Sebrae realizou uma pesquisa em todo o País para descobrir qual é a cara brasileira e, a partir daí, usar essas características para estimular os negócios das micro e pequenas empresas, tanto no mercado interno quanto no exterior. O coordenador da pesquisa, Gustavo Morelli, diz que a globalização não é uma via de mão única e há espaço para produtos locais nesse mundo globalizado. "Se hoje nós comemos Mc'Donalds nós podemos beber suco de açaí. O global e o local não são contraditórios. Nós precisamos aprender a explorar o local", considera.
A pesquisa descobriu que a alegria e o otimismo são características marcantes do brasileiro e tornam-se pontos positivos nos negócios e serviços em todo o País. Já a falta de confiança nas autoridades e no governo, que se reflete na desconfiança geral em relação às empresas públicas, é um dos pontos fracos. Explorar os pontos positivos e transformar os negativos é um dos desafios que a pesquisa mostra que o Brasil precisa aprender a superar.
Para o Sebrae, a existência de uma marca nacional, que destaque e identifique bons produtos e serviços, pode ser usada como estratégia de marketing, especialmente para as pequenas empresas. Identificadas na cultura local, essas empresas podem desenvolver produtos e serviços únicos, diferentes e por isso mesmo, mais valorizados para concorrer com aqueles feitos dentro de uma tendência globalizada. A idéia da marca nacional foi utilizada com sucesso por vários países, como a França, cuja imagem está realacionada a produção de bons perfumes e a Suíça, famosa pela precisão de seus relógios.
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O relatório final da pesquisa mostra ainda que a falta de informação do brasileiro reforça a tendência ao desprezo por aquilo que é nacional. Os brasileiros são também vítimas de um complexo de inferioridade. A criatividade é vista como "malandragem", como "jeitinho". "Por isso é necessário desenvolver um trabalho de sensibilização que vise reforçar o valor da criatividade", defende Morelli.
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