A produção brasileira de grãos na safra 2017/18, a segunda maior da história, deve ser de 228,52 milhões de toneladas, com uma redução de 3,9% ou 9,2 milhões de toneladas a menos que a da safra passada 2016/17, quando foi atingido recorde de 237,7 milhões de t. O resultado é 1,2 milhão de t inferior ao levantamento anterior, como consequência dos impactos climáticos que levaram a uma nova estimativa de produtividade para o milho segunda safra, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu décimo e antepenúltimo levantamento sobre a safra 2017/18, divulgado nesta terça-feira, 10.
A expectativa para a área é de 61,6 milhões de hectares, a maior já registrada. Entre as culturas avaliadas, a soja registrou o maior volume de área semeada, com um aumento de 33,9 milhões para 35,1 milhões de hectares e ganho absoluto de 1,2 milhão de hectares.
Outros ganhos absolutos ocorreram com o algodão que alcançou 1,2 milhão de hectares, com aumento de 236,9 mil hectares, e com o feijão segunda safra, que obteve 1,5 milhão de hectares, com o ganho de 108,3 mil hectares. Segundo a Conab, o desempenho poderia ser melhor, se não houvesse redução de área do milho primeira e segunda safras, em virtude de expectativas de mercado. O primeiro caiu de 5,5 milhões para 5,1 milhões de hectares e o segundo, de 12,1 milhões para 11,6 milhões de hectares.
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Com boa produtividade, a soja é destaque positivo com uma produção que pode atingir recorde. A soja e o milho, que têm os maiores volumes de produção do País, devem ter produção de 118,9 milhões e 82,9 milhões de toneladas, respectivamente. Do total da produção de milho, 26,9 milhões de toneladas deverão ser colhidas na primeira safra e 56 milhões de toneladas na segunda safra.
Para a atual safra, destaca-se também a estimativa de aumento da produção de algodão em pluma, em fase de maturação e colheita, estimada em 1,96 milhão de toneladas de pluma, representando aumento de 28,5% em relação à safra passada e do feijão segunda safra, estimada em 1,3 milhão de toneladas, aumento de 7,7%. O trigo, cultivado no inverno, deve ter aumento de 15% na produção, para 4,9 milhões de toneladas. A produção de arroz deve atingir 11,76 milhões de t, queda de 4,6% ante o período 2016/17 (12,33 milhões de t).