A diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovará, oficialmente, na próxima sexta-feira, o acordo de US$ 30 bilhões feito com o governo brasileiro. O acordo foi anunciado no início de agosto e nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Pedro Malan, comentou os detalhes do memorando técnico elaborado pelas equipes econômicas do Brasil e do FMI.
No mesmo dia em que for assinado o acordo, o país poderá lançar mão de US$ 3 bilhões, e, ao final da primeira revisão, em dezembro, poderão ser sacados mais U$ 3 bilhões. Os US$ 24 bilhões restantes estarão disponíveis a partir de janeiro de 2003. O próximo presidente sacará, se quiser, US$ 13 bilhões no primeiro semestre do próximo ano, e US$ 11 bilhões, no segundo semestre.
O ministro Malan informou também a decisão do governo de ampliar a meta de superávit primário do setor público (Governo Central, estatais federais, estados, municípios e suas empresas) de 2002 de 3,75% para 3,88%, um incremento de 0,13%. Questionado sobre o fato de os atuais candidatos à presidência não estarem cientes desta decisão, Malan disse que a informação foi passada no encontro entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e aos quatro principais candidatos à presidência.
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"Dissemos claramente aos candidatos que este governo, no exercício do seu mandato, havia decidido fazer um esforço adicional, neste ano de 2002, de 0,13% do PIB. Esta é uma decisão deste governo e que foi claramente explicitado como tal a todos os candidatos", disse.
Malan informou que não pedirá recursos a governos estrangeiros durante a visita que fará a Madri, Londres e Paris. "O programa com o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial (Bird) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já é suficiente para atravessar as turbulências e os próximos meses de transição", disse o ministro, em referência a outros US$ 7 bilhões - além dos US$ 30 bilhões acordados com o FMI - que o pais pode sacar junto ao Bird e ao BID.