Você sabe qual é o melhor dia para comprar ações? Foi com essa pergunta que o estrategista-chefe da XP Investimentos no Brasil, Marco Saravelle, abriu a palestra sobre mercado financeiro realizada pela Bravus Investimentos, escritório credenciado da XP Investimentos em Londrina, para clientes e convidados. "Hoje! Esse é o melhor dia para entrar no mercado de ações", afirmou o especialista.
Ao lado de Henrique Bredda, gestor do fundo Alaska Asset, que acumula ganho de 377% em 36 meses, contra 94,84% do Ibovespa no mesmo período, Saravelle ainda reforçou que investir em ações é investir na formação de patrimônio de longo prazo. "E vale a pena. Não seja o último a chegar, principalmente em bolsa", alertou.
Bredda destacou que ainda há muito preconceito em relação a investimento em ações no Brasil, principalmente por falta de informação. E comparou: o País tem hoje entre 700 mil e 800 mil investidores diretos na bolsa enquanto nos Estados Unidos são mais de 150 milhões. "Alguma coisa acontece para que as pessoas não invistam na bolsa, mas elas não sabem responder o porquê", lamentou o gestor.
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Ele comenta que as pessoas receiam pelas oscilações de mercado, mas não param para pensar que qualquer ativo oscila de preço, mas a "bolsa é mais honesta". E cita exemplos de outros investimentos como imóvel, sociedade em um negócio médico ou na área agrícola. "E o investidor sabe que tem riscos ou finge que não sabe que existem oscilações", pontua o especialista, ressaltando que há preconceito em relação às ações.
Ao longo da sua palestra ele apresentou um gráfico, de altos e baixos, com as cotações da bolsa desde 1994 mês a mês. "Se você olha a cotação no dia a dia e vê esse gráfico ‘nervoso’ pode não entender o que está acontecendo e concluir que investir em ações é muito arriscado. Mas olhando de ‘perto’ qualquer investimento pode ter oscilação", reforçou. Quando o investidor muda a frequência com a qual olha para a bolsa, acrescenta ele, a perspectiva muda.
Nos gráficos seguintes, Bredda apresentou a evolução da bolsa sob outro ponto de vista, ampliando o tempo de avaliação para anual, de 6 em 6 anos e de 12 em 12 anos. Olhando com menos frequência o gráfico acaba sendo totalmente favorável para o investimento em bolsa. "O ativo existe e a forma como você lida com ele é que faz a diferença". E mais, segundo Bredda, quando se tem o objetivo de tocar a vida inteira os investimentos em bolsa, uma queda nas ações pode ser uma boa oportunidade.
O gestor do Alaska Asset ainda lembrou os participantes sobre outro ponto que sempre gera confusão. "Investimento é totalmente diferente de aplicação", afirmou ele, dando como exemplo aplicações em CDB, CDI, Renda Fixa, LCI ou LCA, que tem prazos definidos. "Investir em ações é um processo contínuo, que você faz a vida inteira".