As previsões de queda nas vendas de veículos este mês são sombrias e vão atingir o segmento de autopeças, que emprega atualmente 10 mil pessoas no Paraná, avisa o diretor regional do Sindipeças, Benedito Kubrusly.
Ele está apreensivo com os efeitos da crise sobre toda a cadeia produtiva do setor que gera quase 20 mil empregos no Paraná, entre as montadoras e indústrias de autopeças.
Apesar disso, Kubrusly defende a iniciativa do Paraná em investir na industrialização e sair da dependência agrícola. Se o Estado ainda tivesse sua economia essencialmente baseada no setor agropecuário, hoje estaria fragilizado diante da queda do preço das commodities, produtos vendidos no mercado internacional.
Conforme levantamento do Sindipeças, o setor recolhia 2,4% do ICMS gerado no Estado, que correspondia a uma arrecadação de R$ 82 milhões. No ano passado, essa participação subiu para 2,8%, que equivale a uma arrecadação de R$ 121,8 milhões e neste primeiro semestre a participação avançou para 4,4%, que representa um total de arrecadação de R$ 114 milhões. Kubrusly salienta, que apesar do mau momento, o setor automotivo pode chegar a uma participação de 10% no total de ICMS recolhido no Estado.
Neste segundo semestre, a indústria automotiva já vinha sentido os efeitos do aumento da taxa de juros, do apagão, da crise cambial e das crises políticas nacionais que contaminaram a economia. Com o atentado ocorrido em Nova York, a situação ficou mais drástica ainda para o setor automotivo, analisa Kubrusly. Só a Volkswagen/Audi exporta 50% da sua produção, sendo que deste total, 46% é destinado ao mercado dos Estados Unidos, 26% para o México e 14% para o Canadá. A montadora esperava produzir 105 mil carros este ano, mas essa meta já está sendo revista com a redução do terceiro turno de trabalho.
A Renault, além de sofrer os mesmos efeitos da crise, está perdendo competitividade com o modelo Scénic, seu carro-chefe de vendas, analisa Kubrusly. Segundo ele, o Scénic estaria perdendo mercado para seus concorrentes, o Zafira (GM) e o Picasso (Citroen). Para o diretor do Sindipeças, é quase certo que a Renault opte por nova paralisação na produção no mês de novembro, como a Folha já antecipou.
Em relação a Chrysler, na avaliação de Kubrusly, a montadora não foi atingida pelas dificuldades do mercado, mas sim por falhas "absurdas" de estudo de mercado e da escolha do modelo lançado, que foi a picape Dakota. "O erro da Chrysler foi ter lançado no País uma picape com tração em apenas duas rodas, sendo que o mercado deste tipo de veículo valoriza os carros com tração nas quatro rodas", explica.
Ele está apreensivo com os efeitos da crise sobre toda a cadeia produtiva do setor que gera quase 20 mil empregos no Paraná, entre as montadoras e indústrias de autopeças.
Apesar disso, Kubrusly defende a iniciativa do Paraná em investir na industrialização e sair da dependência agrícola. Se o Estado ainda tivesse sua economia essencialmente baseada no setor agropecuário, hoje estaria fragilizado diante da queda do preço das commodities, produtos vendidos no mercado internacional.
Conforme levantamento do Sindipeças, o setor recolhia 2,4% do ICMS gerado no Estado, que correspondia a uma arrecadação de R$ 82 milhões. No ano passado, essa participação subiu para 2,8%, que equivale a uma arrecadação de R$ 121,8 milhões e neste primeiro semestre a participação avançou para 4,4%, que representa um total de arrecadação de R$ 114 milhões. Kubrusly salienta, que apesar do mau momento, o setor automotivo pode chegar a uma participação de 10% no total de ICMS recolhido no Estado.
Neste segundo semestre, a indústria automotiva já vinha sentido os efeitos do aumento da taxa de juros, do apagão, da crise cambial e das crises políticas nacionais que contaminaram a economia. Com o atentado ocorrido em Nova York, a situação ficou mais drástica ainda para o setor automotivo, analisa Kubrusly. Só a Volkswagen/Audi exporta 50% da sua produção, sendo que deste total, 46% é destinado ao mercado dos Estados Unidos, 26% para o México e 14% para o Canadá. A montadora esperava produzir 105 mil carros este ano, mas essa meta já está sendo revista com a redução do terceiro turno de trabalho.
A Renault, além de sofrer os mesmos efeitos da crise, está perdendo competitividade com o modelo Scénic, seu carro-chefe de vendas, analisa Kubrusly. Segundo ele, o Scénic estaria perdendo mercado para seus concorrentes, o Zafira (GM) e o Picasso (Citroen). Para o diretor do Sindipeças, é quase certo que a Renault opte por nova paralisação na produção no mês de novembro, como a Folha já antecipou.
Em relação a Chrysler, na avaliação de Kubrusly, a montadora não foi atingida pelas dificuldades do mercado, mas sim por falhas "absurdas" de estudo de mercado e da escolha do modelo lançado, que foi a picape Dakota. "O erro da Chrysler foi ter lançado no País uma picape com tração em apenas duas rodas, sendo que o mercado deste tipo de veículo valoriza os carros com tração nas quatro rodas", explica.