Um grupo de 19 contribuintes investigados pela Receita Federal, em Foz do Iguaçu, movimentou pelo menos R$ 87.941.230 nos últimos três anos. A quantia foi apurada em movimentações financeiras de empresas e pessoas físicas incompatíveis com os valores informados em suas declarações.
Esse é o primeiro resultado do processo investigatório iniciado em setembro do ano passado com a quebra do sigilo bancário dos contribuintes e realizado em parceria com o Ministério Público Federal. Os dois órgãos federais selecionaram 30 contribuintes com movimentações suspeitas, mas, por enquanto, conseguiram levantar as cifras de 18 pessoas físicas e uma jurídica.
De posse desses valores, a Receita Federal e MPF vão apurar a existência de possíveis evasões de divisas em operações com o comércio exterior, empréstimos fictícios, caixa paralelo, e contas correntes de ""laranjas"", além de eventuais envolvimentos de empresas fantasmas no rombo causado ao fisco. O MPF investiga ainda a possibilidade dos sonegadores terem lavado o dinheiro.
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A investigação em Foz é parte de uma devassa feita no Paraná e no Brasil. A 9ª Região Fiscal, responsável pelos contribuintes do Paraná e Santa Catarina, já avançou na investigação sobre 228 pessoas físicas e 58 empresas. Juntas, ""elas declararam ou declararam valores ínfimos para tributação, mais de R$ 3,8 bilhões em contas bancárias"", anunciou Brito, frisando que, somente no Paraná, estão sendo fiscalizados 167 pessoas físicas e 48 pessoas jurídicas.
* Leia mais em reportagem de Alexandre Palmar na edição da Folha do Paraná/Follha de Londrina desta quinta-feira