O governo prorrogou até fevereiro o acordo com empresários e trabalhadores do setor automotivo, que reduz em 3 pontos percentuais o Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) para o setor.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, a prorrogação se justifica "tendo em vista o resultado positivo para a economia e para o emprego gerado com a redução praticada nos últimos quatro meses".
Segundo o secretário-adjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, a decisão pela manutenção do acordo é técnica, e atende a uma demanda dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Trabalho. "A recuperação das vendas não ensejará demissão. Ao contrário, se verificamos maior nível da economia, a tendência é que haverá manutenção e até, possivelmente, novas contratações", disse ele.
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Com a prorrogação do acordo, fechado no dia cinco de agosto, a alíquota do imposto para carros de até mil cilindradas ficará em 6% e carros de até duas mil, em 12% para a gasolina e 10% para álcool ou "flexfuel" (que usam álcool ou gasolina).
De acordo com Barreto, embora a arrecadação do IPI do automóvel esteja caindo desde que o acordo foi firmado, de R$ 187 milhões em julho para R$ 147 milhões em outubro, a redução é compensada pelo aumento da arrecadação de outros impostos, como Pis e Cofins.
A venda de automóveis passou de 115 mil unidades vendidas em julho para 140 mil em outubro. A tendência, segundo o secretário, é que os meses de novembro e dezembro sejam de aumento ainda maior, já que em todos os anos, as vendas de carros aumentam no final do ano.