A geração de novos postos de trabalho está mais concentrada nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba do que no Interior do Estado. Enquanto Curitiba e os municípios que estão em seu entorno tiveram crescimento médio de 3,5% em 2000, as demais cidades paranaenses abriram 1% a mais de postos de trabalho. Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Entre as dez cidades que mais geraram emprego, São José dos Pinhais (RMC) aparece com destaque sobre as demais. O município gerou 11% a mais de postos de trabalho sobre 1999. Isso significa que entre demitidos e contratados houve um saldo positivo de 3,8 mil vagas. Em segundo lugar está o município de Almirante Tamandaré com crescimento de 8,1%.
Os dados são coletados com base no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho. É feita uma relação entre todos os empregos gerados e os que fecharam ao longo de 2000. O comparativo nacional, mostra que entre os 27 Estados, o Paraná ficou em 23º em geração de emprego.
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Apesar disso, os números mostram que 2000 foi um dos melhores anos desde 1991. "A geração de emprego ocorreu por causa do aquecimento da economia. Todo o País sentiu esse efeito, mas alguns Estados foram mais beneficiados", disse o economista do Dieese, Cid Cordeiro. Ele citou como exemplo, o Rio Grande do Sul, onde a indústria calçadista abriu muitas vagas.
O que mais comprometeu o saldo positivo de trabalho foi a indústria de alimentos (ver box). Os demais setores da indústria, no entanto, contrataram mais do que demitiram. O saldo positivo foi 6,7% superior a 1999, ou seja, foram abertos 7,9 mil novos empregos. O setor da construção civil fechou com um crescimento de 6,1% com 2,1 mil postos de trabalho.
A pesquisa indica que o maior destaque no setor da indústria, é o pólo automotivo de São José dos Pinhais. Entre demissões e contratações, as montadoras e fornecedoras contrataram 19% a mais em relação a 99. A indústria metal-mecânica teve saldo positivo de 11,5%. No segmento de serviços, transporte e comunicação foi o que mais gerou emprego, com aumento de quase 7%.
A redução das vagas de trabalho ficaram por conta do serviço público, que entre contratações e demissões fechou o ano com saldo negativo de 4%. Isso representou 2,1 mil demissões a mais do que contratação.