No Parque Ney Braga
Atualmente, a avicultura sustenta a geração de 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos no País, mostram dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A entidade ainda aponta que, em 2015, o setor foi responsável por 10% dos embarques da pauta do agronegócio nacional.
Os números positivos mostram a vocação do país para a atividade, o comprometimento com a sanidade e a qualidade do produto oferecido, que aliados ao cenário positivo previsto para 2017 e uma boa gestão mostram oportunidades favoráveis ao setor para os próximos anos, conforme apresentou o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, durante o IV Workshop Sindiavipar: Avicultura do Paraná para o Mundo. O evento reuniu mais de 200 pessoas ligadas ao setor, durante os dias 27 e 28 de outubro, no Mabu Thermas Resort, em Foz do Iguaçu.
Diante de um ano de instabilidades políticas e econômicas, marcado pela alta no preço dos insumos, como 2016, um dos grandes debates girou em torno do que é possível esperar para os próximos meses e anos. Segundo Turra, o sentimento é de confiança frente ao que está por vir, levando em conta o aumento populacional previsto para os próximos anos e a mudança nos hábitos de consumo.
"O Brasil é, sem dúvida nenhuma, a grande reserva mundial na produção de alimentos e está sendo reconhecido. Não tenham dúvida que o meu pensamento é de profunda confiança no setor e no país. Estamos em um momento da recuperação", afirmou Turra.
Avaliando o cenário atual e percebendo o que tem afetado diretamente o setor produtivo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, salientou que fatores externos, como a instabilidade política, por exemplo, contribuíram de forma direta para que o desempenho do setor não tenha sido melhor. "Precisamos procurar participar um pouco mais influenciando o externo para que o nosso interno continue sendo melhor", complementou.
Campagnolo ainda destacou outras ações importantes para garantir o crescimento em longo prazo do país como: ajuste fiscal, reforma previdenciária, reformas estruturantes, reinserção do Brasil no comércio internacional e programa de parcerias e investimentos.
Para Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), se mesmo diante de um cenário adverso foi possível apresentar índices de crescimento em produção e exportação, é possível uma perspectiva ainda mais positiva para o futuro. "Com a recuperação da economia prevista para 2017, aliada a boa expectativa em relação ao plantio de milho, com incremento em relação à área plantada na safra anterior, a produção de carne já está se recuperando, com estabilidade dos preços. Isso nos dá a oportunidade de aumentar as vendas nos mercados interno e externo."