Rural

Cultivo de feijão atrai produtores altamente tecnificados no Paraná

27 mai 2016 às 16:13

A alta rentabilidade do cultivo do feijão tem atraído produtores altamente tecnificados no Paraná, mudando nos últimos anos o perfil da cultura que era explorada quase exclusivamente por pequenos agricultores.

A avaliação é do engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que destaca a evolução do preço nos últimos anos como maior estímulo aos produtores para investirem em novas tecnologias, melhorando o rendimento e a qualidade do grão que chega ao consumidor.


O preço da saca de 60kg do feijão de cor está cotado em R$ 238,83, e R$ 146,41 o preto. Comparando com a safra passada houve um crescimento de 46% para o feijão de cor e de 64% para o preto. No Paraná são três safras. "Estamos com 205.459 hectares plantados nesta segunda safra, que vem ganhando cada ano mais espaço, quase se igualando à safra principal que é cultivada de agosto a dezembro", explica Salvador.


Cerca de 79 % da segunda safra já foi colhida e segundo o Deral as perdas estão estimadas em 21% devido às chuvas irregulares do início do ano, época de plantio, e depois veio a estiagem em março e abril, época do desenvolvimento das lavouras. As baixas temperaturas e a chuva na hora da colheita também prejudicaram. A produtividade desta safra está em torno de 1.560 Kh/ha.


O plantio de feijão ocorre em todos os estados brasileiros, em sistema solteiro ou consorciado com outras culturas, mas o Paraná é o principal produtor, responsável por uma produção de aproximadamente 614 mil toneladas, que representa 24% da produção nacional, somando as três safras.

A Região de Ponta Grossa é uma das principais áreas produtoras no Paraná, respondendo por 26% do feijão total produzido no Estado, que engloba 18 municípios acompanhados pelo Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura.


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