Impulsionado pela safra agrícola, o Paraná fechou o mês de maio com um crescimento de 1,59% no nível de emprego formal, que é caracterizado pela carteira de trabalho assinada. Foi o quinto mês consecutivo que o índice apresentou taxa positiva em relação aos meses anteriores. O resultado paranaense foi o segundo maior do País, ficando atrás apenas do Espírito Santo que apresentou uma variação de 1,61%.
O desempenho no Estado e em todo o País de modo geral praticamente não sofreu consequência imediata da crise de energia que veio à tona no início de maio. As empresas, inclusive as localizadas nas regiões não afetadas pelo racionamento, anunciaram que teriam queda na produção e no nível de emprego.
O pessimismo que abalou o mercado financeiro, a possibilidade de haver continuidade na desvalorização do Real e os impactos do racionamento poderão ser trazer impactos negativos para a produção e geração de emprego nos próximos meses. Até abril havia um clima de otimismo no País com estimativas promissoras de crescimento e inflação baixa, situação que se reverteu a partir de maio.
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Mesmo assim, no Sudeste o saldo entre admissões e demissões foi positivo em 0,94% e no Nordeste foi de 0,34%. No Sul, apenas Paraná gerou mais empregos do que demissões. Santa Catarina teve saldo negativo de 0,02% e o Rio Grande do Sul de 0,32%.
Os reflexos da agricultura sobre a geração de empregos formais no Estado e no País podem ser verificados quando a comparação é feita desde o início do ano. Os quatro Estados que mais investem na agricultura - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná - são os que lideram, nesta ordem, a pesquisa sobre evolução do emprego. O Mato Grosso teve variação positiva de 6,64% e o Paraná de 3,72%.
"No segundo semestre há uma tendência de queda na geração de empregos formais no Paraná, porque desaparece a influência da agricultura", afirmou ontem o economista do Dieese, Cid Cordeiro. O Paraná tem hoje 1,462 milhão de trabalhadores com carteira assinada. Desde o início do ano foram gerados 52,4 mil vagas.