Economia

Setor de restaurantes prevê alta da inadimplência e crise no Pronampe

01 nov 2021 às 15:30

Depois de um período de alívio pelo fim das restrições de funcionamento na pandemia, o setor de restaurantes e bares retoma o discurso pessimista.


O motivo é a elevação da Selic (Sistema Especial de Liquidação de Custódia) para 7,75% ao ano, que vai dificultar o crédito no momento em que as empresas estão descapitalizadas e mais de 30% seguem com prejuízo, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação do setor).


Ele afirma que as pesquisas de setembro apontam que quase 45% dos negócios que tomaram empréstimo bancário estão com atraso acima de 90 dias, com tendência de alta, e prevê um colapso nos pagamentos.


A preocupação maior, segundo a Abrasel, é o Pronampe, o programa do governo federal para​ conceder crédito e apoiar micro e pequenas empresas na pandemia. 


"Por ser o indexador do Pronampe, eleva para 9% os juros cobrados pelo programa de crédito, ante os 3,25% que eram cobrados no ano passado", diz.


Solmucci vai pedir prazos mais alongados de pagamentos ou renegociação de taxas para o setor.


"Ou a gente reestrutura essa dívida, ou todos que tomaram recursos para sobreviver vão ser jogados na inadimplência", afirma. Os custos de aluguel, energia, alimentos e bebidas também alertam.

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