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Tarifas públicas sufocam economia da classe média

Emerson Cervi - Folha do Paraná
04 dez 2000 às 16:12

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A exemplo do que acontece em todo País, no Paraná as tarifas públicas são as que mais pressionaram a inflação desde o início do Plano Real. Preços de serviços como fornecimento de energia elétrica, água e esgoto, transporte coletivo, taxi, telefone, gasolina, correio ou pedágio ficaram muito acima dos índices de inflação no mesmo período. Demais preços da economia privada como alimentos e aluguéis tiveram pouca variação, o que evitou um salto inflacionário.

Segundo o economista do Dieese em Curitiba, Nelson Karan, os efeitos dos reajustes dos serviços públicos têm sido sentidos principalmente pela classe média. "A inflação é um índice médio, mas custos que fazem parte dela podem ter impactos maiores ou menores na renda familiar, dependendo do poder aquisito da família e do tipo de serviços que tiveram aumento", explica.

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No caso de tarifas como energia elétrica, telecomunicações, água e combustíveis, é a classe média que apresenta o maior consumo. "A classe baixa não tem internet, aquecedor, telefone fixo e outros eletrodomésticos que causam impacto no custo final", diz o economista.

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As tarifas de telefone foram as campeãs em aumento. No primeiro semestre desse ano ano a assinatura residencial teve um reajuste de 19,8%. Entre junho de 1994 (início do plano real) e junho de 2000, os aumentos na telefonia foram de 3.140,9%, cerca de 300 vezes acima do índice de inflação no mesmo período.


A inflação no primeiro semestre de 2000 ficou em 2%, segundo o ICV do Dieese. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação ficou em 1,13% e pelo Índice Geral de Preços (IGP), da Fundação Getúlio Vargas, foi de 3,16%. Nesse mesmo período houve reajustes superiores a 150% nas tarifas de pedágio cobradas em rodovias do Paraná.

Como os custos de outros produtos ou serviços não subiram na mesma proporção, a inflação não refletiu os aumentos das tarifas públicas. "Os alimentos, por exemplo, que pesam mais nos custos da classe baixa, não apresentaram o mesmo desempenho de preços ", compara o economista. A cesta básica de alimentos é responsável por quase a totalidade do valor do salário mínimo, mas em alguns itens apresentou deflação esse ano.


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