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Sem carteira ou CNPJ

Taxa de desemprego tem queda puxada pelo trabalho informal e com renda menor

Folhapress/Leonardo Vieceli
27 out 2021 às 15:06
- Emerson Dias/N.Com
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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (27).


Conforme o instituto, a baixa foi puxada pelo aumento de pessoas ocupadas, principalmente em postos de trabalho informal. A abertura de vagas, contudo, veio acompanhada por quedas recordes, em termos percentuais, no rendimento médio.

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Ou seja, houve maior geração de empregos, mas com uma renda inferior na média. Isso guarda relação com a volta do trabalho informal, que costuma registrar salários menores.

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No trimestre anterior, até maio, a taxa de desemprego estava em 14,6%. Em igual período de 2020 (junho a agosto), era de 14,4%.

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Com o novo resultado, o número de desempregados foi estimado em 13,7 milhões. O resultado representa baixa de 7,7% (menos 1,1 milhão de pessoas) ante o trimestre terminado em maio e indica estabilidade na comparação anual.


Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

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Pelas estatísticas oficiais, um trabalhador é considerado desocupado quando não está atuando e segue em busca de novas oportunidades, com ou sem carteira assinada ou CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).


A taxa de desemprego até agosto (13,2%) veio um pouco abaixo do nível esperado pelo mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam indicador de 13,4%.

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No trimestre, a população ocupada chegou a 90,2 milhões de pessoas. A marca significa alta de 4% (mais 3,5 milhões de pessoas) ante o trimestre móvel encerrado em maio.


Dos 90,2 milhões de ocupados, 53,1 milhões (58,9%) trabalhavam de maneira formal. Os demais 37,1 milhões (41,1%) eram informais.

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Em relação ao trimestre anterior, até maio, é possível observar um aumento mais consistente no grupo de trabalhadores sem carteira assinada ou CNPJ. A alta foi de 6,9% (mais 2,4 milhões).


Na mesma base de comparação, o avanço foi de 2,1% entre os formais (acréscimo de 1,1 milhão).

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O IBGE destacou que o rendimento real habitual dos trabalhadores ocupados foi de R$ 2.489 no trimestre até agosto. A marca corresponde a quedas de 4,3% frente ao trimestre anterior e de 10,2% frente a igual período de 2020.


Segundo o instituto, as baixas foram as maiores em termos percentuais na série histórica, iniciada em 2012, em ambas as comparações.

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O número de trabalhadores por conta própria voltou a bater recorde, atingindo 25,4 milhões. A quantia soma a fatia que atua com CNPJ (6 milhões) e a parcela sem o registro (19,4 milhões), mais numerosa.


A chegada da pandemia, em 2020, atingiu em cheio o mercado de trabalho. Com as restrições e a paralisação de empresas, houve destruição de vagas em diferentes setores, e mais brasileiros foram forçados a procurar emprego.


Na visão de analistas, a melhora consistente do quadro depende em grande parte do desempenho do setor de serviços.


Esse segmento, o principal empregador do país, sofreu com as restrições na crise porque reúne atividades dependentes da circulação de clientes.


Bares, restaurantes, hotéis e eventos são exemplos de serviços prejudicados pelo coronavírus. As atividades, agora, têm expectativa mais positiva devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19.


Contudo, o aquecimento da economia como um todo, necessário para a melhora do mercado de trabalho, é colocado em xeque por uma série de dificuldades.​

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