O sistema de consórcios registrou recorde de comercialização de novas cotas no primeiro trimestre deste ano, comparadas às registradas nos últimos seis anos. Com 509,3 mil vendas totalizadas entre veículos automotores, imóveis e eletroeletrônicos, os consórcios tiveram alta de 33,3% em relação ao mesmo período no ano passado, quando somaram 382,1 mil. Os dados são do último relatório da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, divulgados nesta semana, que registra também o número total de participantes no sistema: mais de 3,3 milhões de pessoas.
Para o empresário londrinense Rodolfo Montosa, presidente nacional da ABAC, "a explicação está na confiança e no resultado da análise feita pelos consumidores quanto à melhor forma de comprar um bem móvel ou imóvel parceladamente. Houve crescimento em todos os setores onde os consórcios estão presentes, fato que vem se repetindo ano após ano, haja crise econômica ou não, mostrando que o comprador está planejando mais e optando por um mecanismo simples, sem encargos financeiros, ajustado ao seu orçamento e com a certeza de receber seu bem nos prazos estabelecidos".
Evolução no número de novas cotas
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ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Vendas* 317,0 404,6 357,9 381,8 382,1 509,3
*VENDAS RELATIVAS AO PRIMEIRO TRIMESTRE DE CADA ANO, EM MILHARES DE COTAS COMERCALIZADAS NO SISTEMA DE CONSÓRCIOS - FONTES: BANCO CENTRAL E ABAC
AUTOMOTORES, RECORDE DE VENDAS DESDE 2000
No setor de veículos automotores (inclui automóveis, utilitários, motocicletas, caminhões, ônibus, tratores, implementos, novos e usados, nacionais e importados), e reúne um total de 2,75 milhões de consorciados, o volume de vendas atingiu 322,9 mil novas cotas, no acumulado de janeiro a março de 2005 – 4,4% maior que Jan/Mar de 2004. "Os veículos, historicamente o primeiro segmento a realizar consórcios, também registraram recorde de vendas, desde 2000", apresentando uma tendência de crescimento, que caracterizam consorciados comparando alternativas e optando pelo consórcio", explica Montosa.
As motocicletas e motonetas continuaram sendo o principal produto vendido no sistema de consórcios. Mesmo com o aumento no número de novas cotas comercializadas, 5,2%, crescendo de 217,2 mil (jan/mar-2004) para 228,5 mil (jan/mar-2005), houve diminuição do número de consorciados. Em março último havia 1,72 milhão, 5% menores que os 1,81 milhão totalizados naquele mês, no ano passado. Ainda assim, as motocicletas respondem por 52,3% do total de consorciados participantes do sistema.
CRESCIMENTO DE 220% NAS VENDAS DE ELETROS
O setor de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis responderam pelo maior percentual de crescimento nas vendas de novas cotas no primeiro trimestre deste ano. Foram comercializadas 156,2 mil cotas no período - 220,1% maiores que um ano antes. Segundo Montosa, "esse elevado percentual deve ser creditado às administradoras que atuam nesse mercado e que agilizaram estratégias de divulgação despertando o consumidor para as características dos consórcios e as diferenças com outras formas de aquisição parcelada, onde os juros embutidos são elevados".
IMÓVEIS CRESCERAM 240% EM 6 ANOS E BATEM RECORDE
Com uma procura constante, os consórcios de imóveis mostraram, entre janeiro e março de 2005, o maior volume de vendas de novas cotas desde 2000. O recorde de vendas no período superou a marca de 30,2 mil, 25,8% mais que as 24 mil registradas no mesmo trimestre do ano passado."Apesar de o setor imobiliário integrar o sistema se consórcios há 15 anos, foram nestes últimos seis anos que os consorciados começaram a comparar taxa de juros cobrada nos financiamentos com ausência de juros dos consórcios; a disponibilidade sazonal de crédito com disponibilidade permanente de cotas para aquisição; inexistência de parcelas intermediárias ou resíduos; não necessidade de entrada, assim como a possibilidade de utilização do FGTS também neste sistema. Com isso, houve uma procura maior, e por isso o crescimento de 243,1% entre as vendas do primeiro trimestre de 2005, quando somaram 30,2 mil, sobre as realizadas nos mesmos três meses de 2000, quando foram 8,8 mil", justifica o presidente nacional da ABAC, Rodolfo Montosa.
Fonte: Divulga Comunicação