As vendas no comércio varejista de Curitiba e região metropolitana apresentaram um crescimento de 8,7% no ano passado sobre 1999. Os dados foram divulgados ontem pela Federação do Comércio do Paraná, que elaborou uma pesquisa conjuntural entre os diversos ramos da atividade comercial. O segmento que apresentou maior crescimento foi de supermercados com 28%, seguido de autopeças com 18% e concessionárias de veículos com 10%. O levantamento foi feito em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio.
Os técnicos da Federação consideraram o desempenho satisfatório em 2000. A justificativa para o resultado positivo foi o aquecimento na economia, principalmente no segundo semestre, quando houve também aumento na atividade industrial. O final do ano foi avaliado como um dos melhores do Plano Real, implantado em julho de 1994.
Mas apesar de fechar com uma média de crescimento, alguns ramos do comércio apresentaram variações negativas em suas vendas. Livrarias, papelarias, farmárcias e perfumarias tiveram a maior queda, que ficou em torno de 9%. As lojas de calçados fecharam o ano vendendo 8% menos em relação a 99. Material de construção teve queda de 6,5%. Lojas de móveis, departamentos, vestuário e óticas também encerraram o ano com redução nas vendas.
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O que provocou o desempenho médio positivo foi o aumento acima da expectativa de alguns setores. Os supermercados, por exemplo, superaram as estimativas feitas pelas entidades que os representam. Vender quase 30% a mais revela que o hábito de consumo da população mudou. As pessoas preferem centralizar suas compras num mesmo local.
Segundo a Federação do Comércio, o problema é que o aumento nas vendas não se traduz em proporcional aumento de faturamento e lucro para as empresas. O valor das vendas foi menor do que o esperado, em dezembro. A taxa de crescimento prevista era de 17%, mas ficou em torno de 5%. Os consumidores têm trocado os produtos caros pelos de menor preço.