A possibilidade de a Mitsubishi aproveitar as instalações da montadora Chrysler em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, trouxe esperança ontem para os metalúrgicos que foram colocados em férias coletivas por dois meses. A Federação dos Metalúrgicos de Curitiba entendeu que essa pode ser uma saída para aproveitar a mão-de-obra que poderá perder o emprego. "É um fio de esperança que se cria, mas se isso for mesmo real temos de garantir a manutenção dos empregos", afirmou ontem o diretor da federação, Nelson Silva Souza.
Por enquanto, a informação de que a montadora japonesa poderia optar pela fábrica desativada da Chrysler foi anunciada apenas por um jornal do Japão. A direção da montadora nega a notícia e diz que os estudos sobre o destino da montadora no Paraná ainda não estão concluídos.
Segundo Souza, funcionários da Chrysler viram há alguns meses executivos japoneses visitando a unidade de Campo Largo. "Todas essas informações não são oficiais porque a empresa se nega a se posicionar", afirmou. Ele disse que o barracão da montadora pode abrigar vários tipos de empresa. O problema é que a ocupação do local pode demorar muito, o que seria desastroso para os metalúrgicos que dependem do salário mensal para viver.